Élia Ramalho
Élia Ramalho é natural de Tomar. É licenciada em Artes Visuais /Pintura pela ARCA EUAC e tem uma pós-graduação em Comunicação Estética pela mesma escola. Reside na cidade de Coimbra, onde criou o Atelier Multidisciplinar: Salão da Frida. Tendo a pintura como linguagem principal, desenvolve projetos que fundem diversas áreas, tais como a música, a poesia visual, o teatro e a performance. É doutoranda do Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura na Universidade de Coimbra, onde tem trabalhado sobre o tema “A interação entre texto e imagem a partir da obra gráfica de Júlio Pomar”. O interesse por crítica artística e literária nasceu no começo do seu trabalho enquanto pintora, por considerar serem duas linguagens complementares. A escolha deste tema de investigação teve como base esse paralelismo. Tendo trabalhado ativamente na área da pedagogia, escolheu O cão que comia a chuva (2016) de Richard Zimler e o álbum ilustrado por Júlio Pomar, Bichos, bichinhos e bicharocos (1948), e escrito por Sidônio Muralha, como principais objetos de investigação. O interesse pela multiculturalidade da língua portuguesa levou-a a iniciar um projeto social com a comunidade de Timor e, mais recentemente, um projeto artístico com particular foco na poesia sonora e performance. Tem colaborado com colegas e professores do Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura em diversos projetos artísticos. Um desses teve lugar em 2021 e contou com o apoio da Universidade de Coimbra. A instalação e performance “A Humanidade no Livro d’O desassossego” decorreu na Biblioteca Joanina e teve como base o Arquivo LdoD criado pelo Professor Manuel Portela. Élia Ramalho tem vindo a explorar relações entre a sua pintura e o trabalho de diversos músicos, bem como de outros artistas do meio audiovisual, organizando diversas performances no seu atelier.